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Não sei ser feliz, não sei ser contente

Não sei o que importa para o resto da gente

Não sei porque faço as coisas assim

Deixando o presente na ansia do fim

Serei tão breve como um breve assobio,

Uma brisa de vento, uma rajada de frio.

Serei o silencio que quebra com o dia

A luz apagada de uma sala vazia

Por ruas ou estradas, por mares ou rios,

Trajectos de uma vida presa por fios

Qual copo partido ou lampada fundida,

O tempo que passa é a oportunidade perdida

Não sei porque faço, mas assim tem de ser

Andar por aí à procura de te ver

Por mares ou rios, por estradas ou ruas

Meu mundo é sem sol, mas tem muitas luas

Onde quer que vá, levo-te sempre p’la mão

Andas sempre a meu lado... minha solidão


Nelson Gonçalves

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